30.10.09

CRÓNICA DE UM BANQUEIRO ( I V )


Assalto à mão armada

A partir do Augustine Reis/BIP, Jorge de Brito lança-se numa corrida desenfreada de compra de empresas. Algumas tinham valor mas outras serviam apenas para montar operações de compra e venda de acções. Dizia-se que estava a comprar Portugal.

Em alguns meses Brito detém 100% de do capital de 24 sociedades e domina mais 13 além de diversas participações minoritárias. Alguma industria, muito imobiliário.
Tudo em seu nome. Tudo pago pelo banco. Primeiro com os recursos disponíveis depois com empréstimos contraídos pela instituição. Muitos pagamentos de empresas foram efectuados contra a entrega de certificados de depósitos a prazo, obviamente falsos, pois não havia entrada de dinheiro correspondente.

Como coroa de glória, Jorge de Brito compra a Sociedade Nacional de Tipografia, proprietária do jornal " O Século"por 344.000 contos. Com recurso a um descoberto no BIP.

Brito justifica esta compra dizendo que precisa ter uma arma.

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