28.10.09

CRÓNICA DE UM BANQUEIRO ( ll )



grandes negócios

Jorge de Brito ao jornal Independente: " a minha palavra valia ouro " ; "as pessoas acreditavam cegamente em mim ".

Podia ter acrescentado que, aos balcões do BES e depois da Augustine Reis, tinha acesso a informação privilegiada que usava constantemente em proveito próprio.

Com requintada habilidade, conseguia participar nos grandes negócios de acções, a título pessoal, como intermediário, como comprador e como vendedor.

Foi assim com a Companhia de Cervejas Estrela - ao negociar as acções da família Beirão da Veiga conseguiu, como contrapartida, comprar a velha fábrica do Campo Pequeno. Além disso, cobrou a bela comissão de 8.000 contos.

Foi assim com a compra do Banco Lisboa & Açores pelo Totta Aliança. Actuou como intermediário dos Melos, como comprador da Soc. Comercial Abel Pereira da Fonseca (grande accionista do Lisboa & Açores além de outros negócios) e como vendedor aos mesmos Melos que lhe tinham emprestado o dinheiro. Desde vez acumulou ganhos de 200.000 contos. Para desespero dos Melos que nunca pensaram que o testa-de-ferro lhes saísse tão caro.

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