29.10.09

CRÓNICA DE UM BANQUEIRO ( III )


Pêlo do mesmo cão

Augustine Reis & Cia era uma pequena casa bancária, conservadora, prestigiada e vocacionada para a gestão de fortunas.

O choque com o empregado Jorge de Brito era inevitável.

Os tempos corriam de feição para Brito e não para a família Reis.

Em 31 de Dezembro de 1970, por 335.700 contos, Jorge de Brito compra a Augustine Reis,
que tinha então um capital social de 55.000 contos.

Em 14 de Março de 1972, apesar da oposição de muitos responsáveis, a casa bancária passa a banco - o Banco Intercontinental Português, com um capital de 370.000 contos.

Só era difícil convencer os donos dos bancos a venderem. O pagamento era muito fácil e utilizava-se sempre a receita "pêlo do mesmo cão" - paga-se depois de estar dentro do banco, com o dinheiro que lá se encontra.

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