
28.11.09
CRÓNICAS DE VIDA - SINDICALISMO NO TOTTA

25.11.09
CRÓNICAS DE VIDA - SINDICALISMO E RESISTÊNCIA

22.11.09
AMIGOS - FERNANDO HENRIQUES - MEMÓRIA

20.11.09
AMIGOS - FRANCISCO PATRÍCIO - MEMÓRIA

15.11.09
AMIGOS - MEMÓRIA DE CARLOS GRILO ( I )

14.11.09
AMIGOS - MEMÓRIA DE CARLOS GRILO ( V )

13.11.09
AMIGOS - MEMÓRIA DE CARLOS GRILO ( I V )

AMIGOS - MEMÓRIA DE CARLOS GRILO ( I I I )

12.11.09
AMIGOS - MEMÓRIA DE CARLOS GRILO ( I I )

7.11.09
CRÓNICA DE UM BANQUEIRO ( X )
CRÓNICA DE UM BANQUEIRO ( l X )

O regabofe
Em 1982, no governo da AD e com João Salgueiro Ministro da Finanças, é subscrito o acordo para "devolução" dos bens a Jorge de Brito.
Algo como 6 milhões de contos.
Como a época lhe era propícia, Brito exige que a avaliação se faça com base nas cotações da bolsa de 1974 ( ver crónica V ).
O BIP foi avaliado em 2,4 milhões de contos - quase tanto como o Sottomayor.
O Banco de Portugal, que tinha contestado o acordo para tentar salvar o capital com o qual tinha socorrido o BIP, foi obrigado a desistir.
O Banco Pinto & Sottomayor, que tinha sido obrigado a absorver o BIP, ficou com os prejuízos.
6.11.09
CRÓNICA DE UM BANQUEIRO ( VIII )

A queda
Em Outubro de 1974, o Governo foi obrigado a intervir no BIP para evitar a bancarrota.
As reservas de caixa eram então de 43.000 contos quando o mínimo legal exigível era de 604.000.
Na Câmara de Compensação o BIP tinha deixado de pagar os seus cheques.
As responsabilidades de Jorge de Brito e respectivas empresas, para com o BIP, eram:
- livranças descontadas - 1,7 milhões de contos
- empréstimos em contas correntes - 2,1 milhões
- devedores por garantias e avales prestados - 1,1 milhões
- dívida não contabilizada - 850.000 contos
- dívida externa não contabilizada - 26.400.000 francos suiços.
Silva Lopes, profundo conhecedor do BIP como Governador de Banco de Portugal e Ministro das Finanças e ainda baseado em pareceres jurídicos, confirmará:
"a existência de burlas e falsificações, praticadas no âmbito das funções exercidas pelo presidente, mas também indícios de práticas criminosas na gestão do banco"
Julgado apenas por dois crimes, Brito foi condenado a 6 meses de prisão, quando já tinha cumprido 19 em preventiva.
5.11.09
CRÓNICA DE UM BANQUEIRO ( VII )

Mecenas do Glorioso
O futebol tinha, fatalmente, que cobrar o seu quinhão dos negócios BIP/Jorge de Brito.
Em 1973 foi a oferta da pista de tartan.
Depois, Jorge de Brito pagou jogadores e fez empréstimos sem retorno.
O empresário de futebol, Manuel Barbosa, dirá: "sempre que não havia dinheiro para contratações no Benfica, eu telefonava-lhe e ele dizia - traz, Manel, traz."
Brito foi presidente do Benfica em 1991/93.
A gestão foi catastrófica. As vedetas saíam do clube em consequência dos salários em atraso,
Foi o único presidente destituído em Assembleia Geral. Minutos depois foi eleito presidente honorário.
4.11.09
CRÓNICA DE UM BANQUEIRO ( VI )

O coleccionador
A fúria compradora de Jorge de Brito, com o dinheiro do BIP, também se fez sentir na arte.
Em pouco tempo reuniu uma enorme colecção de pintura - calcula-se que 3.000 obras.
Uma enorme colecção de Vieira da Silva e ainda Carlos Botelho, Eduardo Viana, Julio Pomar e muitos outros.
Também estrangeiros como Klee, Matisse, Braque...
Quando as coisas lhe começaram a correr mal, a colecção foi imediatamente "exportada" para a Suíça e um lote foi interceptado pela polícia espanhola pelo que ficou o registo da "operação".
Em 1983, Azeredo Perdigão queria, a todo o custo e a toda a velocidade, abrir o Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian.
Brito aproveita a urgência e vende-lhe 500 quadros.
E exige o pagamento em notas. Diz-se que para humilhar Perdigão. Talvez.
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