4.11.09

CRÓNICA DE UM BANQUEIRO ( VI )


O coleccionador

A fúria compradora de Jorge de Brito, com o dinheiro do BIP, também se fez sentir na arte.

Em pouco tempo reuniu uma enorme colecção de pintura - calcula-se que 3.000 obras.

Uma enorme colecção de Vieira da Silva e ainda Carlos Botelho, Eduardo Viana, Julio Pomar e muitos outros.

Também estrangeiros como Klee, Matisse, Braque...

Quando as coisas lhe começaram a correr mal, a colecção foi imediatamente "exportada" para a Suíça e um lote foi interceptado pela polícia espanhola pelo que ficou o registo da "operação".

Em 1983, Azeredo Perdigão queria, a todo o custo e a toda a velocidade, abrir o Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian.

Brito aproveita a urgência e vende-lhe 500 quadros.

E exige o pagamento em notas. Diz-se que para humilhar Perdigão. Talvez.

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